quarta-feira, 11 de julho de 2012

Das orientadoras e a falta de prática clínica que elas têm

Não me cabe na cabeça que alguém com uma das professoras que cá temos seja capaz de orientar um estágio no serviço de puérperas/obstetrícia quando teve apenas, até este momento da sua vida, 15 meses de prática clínica num centro de saúde, onde provavelmente nem exerceu a sua especialidade.
Tal como nos dizem, não basta apenas a teoria - para mim com as professoras é igual. É porque depois deparamo-nos com coisas que, apesar de estarem teoricamente corretas, é impossível agir assim na altura que estamos. Seja pela crise ou outras razões quaisquer.
Não imaginam o que temos sofrido durante este estágio no serviço de puérperas, as orientadoras são loucas. Se as conhecessem com certeza que concordavam comigo.
Depois tem aquelas alturas em que no último dia decidem assistir à passagem de turno, quando nunca antes o tinham feito e criticam, criticam, criticam, dizendo que não evoluímos e não sabe como nos vai avaliar.
Não sabe? Pensasse nisso antes. Não andasse tão cabeça no ar e baralhada.
Nós precisamos de pessoas que nos orientem e não que estejam 24h por dia mais baralhadas do que nós.
Sabem o que é andar atrás de uma professora desde as 11h da manhã para corrigir-me as notas de enfermagem e ela perder-se tanto que, só as 14h (e porque eu fui ter com ela) diz-me: eu estou atrasada, não vou corrigir as suas. Mostre á enfermeira.
E isto foi comigo, que até tive sorte. Tive colegas que ontem ficaram até às 15h a corrigir notas com ela (quando a essa hora já devia de estar tudo passado no processo clínico do doente e mais do que preparadas para a passagem de turno).
Acham que estas raparigas tiveram tempo para preparar a passagem de turno? Claro que não. Estiveram presas com ela mais de 1h (ou até mais de 2h).
Acham que a orientadora lembra-se disso? Claro que não. Diz é que nós somos lentas e que ela não vê evolução no nosso trabalho.
Para mim ou é do malho ou é do malhadeiro. E desta vez tenho a certeza que o problema não é dos alunos mas sim desta mulher que anda com o telefone de casa dentro da bolsa, esquece-se de trocar de roupa quando sai do serviço (quase que saia do hospital fardada) e que deita o disco externo pelas escadas da sua casa. Não acham?

Mas vá, já acabou o estágio neste serviço e agora vou ter hoje o dia inteiro com essa maluca e amanhã é outra dose. Depois mais uns diazinhos no centro de saúde e voilá, estou de férias!

4 comentários:

  1. L. nunca tive uma orientadora com pouca esperiência mas deixa lá, tive uma que estava 1 ano da reforma e a muita experiência serviu-me de muito pouco. Acho que nestes casos é uma questão de sorte ;)

    Obrigada pela visita ao meu cantinho:)

    **

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  2. A teoria é muito bonita, mas sem a prática não se chega a lugar nenhum.

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  3. paciência, muiiiiita paciência ;)
    **

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