terça-feira, 4 de dezembro de 2012

Da incompetência dos nossos serviços de saúde.

Ora bem, há precisamente 21 dias atrás o meu pai caiu e ficou com dor intensa no ombro. Dirigiu-se ao serviço de urgência, foi visto pelo médico que mandou fazer um raio-x o qual foi observado posteriormente. Olhou e analisou, concluindo que o meu pai não tinha nem fratura ou muito menos uma luxação. 
Lá veio o meu velho (que não é velho, é só a minha maneira fofa de o chamar) com uma prescrição de 2 anti inflamatórios em comprimido que, passado uma semana a tomá-los, não serviram de nada.
Então, como a dor não melhorava, voltou ao serviço de urgência e foi visto por outro médico. Chegou lá às 4h da manhã e foi atendido às 6h porque a médica estava na sua hora de descanso (ha ha ha)...
"Ah e tal, não tem nada de especial. Uma tendinite aí no ombro." 
E lá veio o meu pai com uma prescrição de 2 anti inflamatórios intra musculares (que eu tive o prazer de administrar com muito carinho no eu rabiosque) e um penso transdérmico para aliviar a dor.
Passado uma semana, terminado o tratamento com esta medicação, a dor continua a mesma (ou pior).
Com isto, o meu pai foi a outro médico que disse-lhe que não tocava no meu pai porque via-se perfeitamente que estava fraturado (pela postura, etc.) e que o meu pai devia dirigir-se a um ortopedista.
Dado esta crise em que estamos, não há grandes luxos para ir a médicos privados pagar 50 euros para consulta e outros 50 para os exames a realizar (se não mais..) e, por isso, lá foi hoje o meu pai para o serviço de urgência pela terceira vez.
Levei-o até lá (porque até conduzir custa-lhe) e no percurso fomos treinando o discurso dele. 
"O pai diz que veio aqui à primeira vez, o que fizeram e o que prescreveram. Diz que veio segunda vez, o que fizeram e o que prescreveram. E depois fala do que o médico disse-lhe. Não mexa o braço! Nada mesmo. Tem que ser assim para eles perceberem o que se passa. Se o pai disser que consegue mexer qualquer coisa, eles vão tentar despachar."
Foi logo visto pelo médico, não levou uma hora no serviço de urgência e tem uma fratura no ombro. Resultado: está de baixa até 3 de Janeiro, com o braço suspenso.
Há males que vêm por bem. Como o meu pai trabalha de noite, não ia passar o fim-de-ano connosco. Agora vai.

Mas isto é mesmo uma vergonha.

1 comentário:

  1. Em tudo na vida é preciso sorte! E o teu pai - ainda que há terceira vez! - até teve sorte, porque não precisou de cirurgia. AS MELHORAS!!!

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