sábado, 18 de agosto de 2012

Fiquei tetraplégico. E agora?

Há uns dias atrás vi Casos da vida. Ontem revi uma reportagem na RTP1. Em ambos os casos o tema era tetraplegia mas com visões completamente diferentes da condição em que ficaram.
Num dos lados, em Casos da vida, o dito senhor ficou tetraplégico e após consciencializar-se de toda a situação queria pôr fim à sua vida, pedindo ajuda à sua esposa. Não queria ser um fardo para ninguém, já não se reconhecia naquela condição. Perdeu a esperança na vida e não queria recuperá-la. 
Tudo isto fez-me pensar no que é que eu quereria se estivesse naquela situação. Embora não consiga imaginar o que é estar no lugar de uma pessoa que sofreu um acidente que o deixou tetraplégico, penso que não ia querer desistir assim. É triste, sem dúvida, perder algo tão precioso como conseguir andar, correr, nadar, sentir. Mas eu acredito que, com as pessoas certas ao meu lado - como as tenho agora - conseguiria ser feliz.
Ontem, na RTP1 tive oportunidade de ver o lado mais bonito. O lado de alguém a quem aconteceu esta desgraça mas que não desistiu. Aqui têm um pequeno vídeo que retrata um lado mais positivo, doloroso mas que ainda nos consegue trazer um sorriso.

1 comentário:

  1. Eu sou tetraplégico com 90% de incapacidade e posso-lhe dizer que se todos os dependentes tivesse esse apoio que você tem neste momento talvez preferissem continuar a viver. Problema maior não é a nossa deficiência, mas sim o que nos rodeia. Em Portugal se você for pobre é despejado num lar imundo onde somente passará a ser um número. Deixa de ter voz, existir...isso porque o Estado prefere pagar 2.000,00 e poucos euros para nos institucionalizar no lugar de nos perguntar se desejamos comandar as nossas vidas.
    Fique bem
    Eduardo Jorge

    ResponderEliminar

 
{ Blog design by Tasnim }